Definimos a categoria (e a cor) da mobilidade em Angola.
Fomos desafiados pela Heetch a fazer a sua entrada no mercado Angolano — a primeira empresa de transporte privado internacional a fazê-lo. O mercado angolano, tal como toda a África subsariana, apresenta muitos desafios: prevalece o domínio de prestadores informais em relação a operadores organizados - táxis candongueiros e kupapatas; não há resposta de transportes públicos nem planeamento das redes viárias; e sente-se a pressão de população que não tem poder de compra para deslocações pendulares entre subúrbios e grandes centros urbanos.
Até então, as soluções de mobilidade digital tinham pouco peso e o consumidor não estava familiarizado com a utilização destes serviços. Era essencial começar do zero e explicar as vantagens e funcionamento.
Por todo o contexto, a nossa abordagem ao lançamento da Heetch teria de passar por duas fases.
Uma primeira fase para dar a conhecer a marca e sermos didáticos em relação ao negócio - explicando o que é uma plataforma de mobilidade, demosntrando as vantagens do serviço e fazendo call to action para impulsionar os downloads da app e chamar novos motoristas.
Uma segunda fase para criar notoriedade e push no serviço, alargando subscrições na app e a base de novos motoristas, aumentando a oferta e o uso do serviço.
A primeira introdução da Heetch ao mercado angolano requeria um conceito em cima da app, mobilidade e acessibilidade. E foi exatamente onde chegámos com o conceito “Toca a Bazar”.
Um conceito criativo materializado numa campanha vibrante e animada. Que depois foi adaptado ao Natal, fechando o ano e a primeira fase da nossa estratégia.
Depois deste arranque, seguimos para a fase de construção de notoriedade da marca. O objetivo era mostrar os valores e diferenciação da Heetch.
A partir do insight da falta de espaço e conforto que os passageiros sentem nas viagens de candongueiro, mas com elasticidade suficiente para comunicar também com os motoristas, criámos o conceito “Chega de andar apertado. Baza à vontade”.
Esta campanha foi alavancada num dos principais assets da marca, o cor-de-rosa, passando uma nova atitude e destacando-se pela sua energia. Contou ainda com um jingle criado pela Born e que ficou na cabeça de todos.
Depois desta campanha, a Heetch tinha definitivamente chegado ao mercado angolano, mas não ia parar por aí. Com a notoriedade conquistada, a marca já fazia parte da conversa e quotidiano de todos e agora era necessário demonstrar a sua democratização através de uma narrativa da mobilidade positiva, acessível a todos: motoristas ou passageiros.
Este foi o nosso ponto de partida para criarmos o conceito “Bazamos Todos”. Uma campanha divertida e que, através de uma metáfora visual, respondeu aos desafios da marca.
Depois, fomos à boleia dos motoristas da marca. Criamos vários documentários, mostrando a realidade e o impacto que a Heetch teve na vida destas pessoas, sob o conceito: "Conduza o seu destino".
Uma acção que tinha como objectivo heroizar estes parceiros da marca e atrair mais motoristas para a aplicação, contando as histórias de luandenses que fizeram da Heetch a sua fonte de rendimento.
A Heetch passou de uma app de mobilidade estrangeira, challenger na categoria, para uma established brand que agora, em Angola, dá o seu nome à categoria - hoje, os passageiros dizem: “Vamos chamar um Heetch?” - e foi distinguida como uma Superbrand em Angola.